Os guias das massas

Posted: 22/09/2012 in Livros

Como Gustave le Bon via os guias das massas.

«A partir do momento em que um determinado número de seres vivos está reunido, quer se trate de um rebanho de animais ou de uma massa de homens, coloca-se instintivamente sob a autoridade de um chefe, ou seja, de um guia.

Nas massas humanas, o guia desempenha um papel considerável. A sua vontade é o núcleo em tomo do qual se formam e se identificam as opiniões. A massa é um rebanho que não conseguiria passar sem um mestre.

Acontece muitas vezes o guia ter sido primeiramente alguém que foi conduzido e que ficou hipnotizado pela ideia da qual mais tarde se tomou defensor. Essa ideia invadiu-o a ponto de tudo o que se encontra à sua volta desaparecer, e de toda a opinião contrária lhe parecer erro e superstição.

Os guias não são, a maior parte das vezes, homens de pensamento mas sim homens de acção. São pouco clarividentes, e nem poderiam sê-lo, uma vez que a clarividência conduz normalmente à dúvida e à inacção. Recrutam-se sobretudo no seio desses neuróticos, desses excitados, desses semi-alienados que roçam as fronteiras da loucura. Por mais absurda que seja a ideia que eles defendem ou o objectivo que prosseguem, todo o tipo de raciocínio se embota face à sua convicção. O desprezo e as perseguições não fazem mais do que excitá-los ainda mais. Interesse pessoal, família, tudo é sacrificado. Para eles, até o próprio instinto de conservação se anula, a ponto de, frequentemente, apenas reclamarem como única recompensa o martírio. A intensidade da fé confere às suas palavras uma grande força sugestiva. A multidão ouve sempre o homem dotado de uma vontade forte. Os indivíduos que se encontram no seio de uma massa perdem toda a vontade, voltando-se instintivamente para quem possui uma.»

Psicologia das Massas, pp. 119-120

Afirmo

Posted: 16/12/2011 in Teses

A lei é a forma mais perversa de praticar a repressão.

Enigma

Posted: 22/08/2011 in Humor
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A UE é constituída por 27 países, 17 países, 2 países ou por 1 país?

Tese

Posted: 05/08/2011 in Teses
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As esmolinhas, o assistencialismo, como todas as inhas e todos os ismos, são a forma disfarçada do poder, ou daquele(s) que o exerce(m), se manter(em).

Desabafo

Posted: 05/05/2011 in Não categorizado
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Que aparente democracia.
Que mundo este.
Uma assembleia, com dissolução anunciada, mas ainda não dissoluta, que não tem legitimidade, segundo o tribunal constitucional, para decidir.
Um governo demissionário e líderes de partidos não eleitos pelo povo que se assumem como representantes do povo que não os elegeu.

Desfasamento

Posted: 14/12/2010 in Não categorizado
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O trabalho não me está a deixar viver e as notícias dizem-me que há frequentemente muita violência nas ruas de quase todos os países que constituem a EU. Por isto, sinto que a vontade política está a tornar insuportável a vida a muitos europeus, principalmente a dos jovens e dos adultos com e sem trabalho. A ideologia que está a governar a Europa e o mundo está longe de agradar. É neo-medieval, própria de um mundo fechado em pequenos feudos e com uma visão igual – manter o feudo a todo o custo. Mas um mundo imperial também me assusta. Bom seria haver uma possibilidade de sair deste planeta onde parece não haver lugar todos.

Tese

Posted: 23/11/2010 in Teses
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A forma mais violenta de todas as repressões é a legislativa.

Guerra

Posted: 16/07/2010 in Não categorizado
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O que é a União Europeia?

Posted: 08/06/2010 in Análise
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A bolsa está a atravessar uma fase difícil? Está, mas apenas por culpa das próprias empresas que nela estão cotadas, digo, dos accionistas dominantes que fixam as remunerações dos corpos gerentes, cargos ocupados por eles próprios ou por indivíduos que escolhem.

Como é que um (potencial) pequeno investidor pode acreditar que o seu dinheiro terá aí uma rentabilidade desejável, se uma parte da riqueza criada e que serviria para remunerar o capital aplicado é usada para pagar prémios milionários a meia dúzia de gestores, que hão-de pagar bem, adivinho, a quem os mantém nos cargos que ocupam. Se fosse utilizada para pagar condignamente aos empregados criadores da riqueza, e em grande parte pequenos accionistas, e aos donos (capitalistas) do capital investido, ainda se podia compreender. Assim, não vejo como os cativar. Por isso, fugiram ou estão em fuga à medida que vão tomando consciência de que o dinheiro, que tanto lhes custou a ganhar ao longo de uma vida de trabalho, não está a ser bem aplicado e não lhe traz a rentabilidade esperada; de que não podem acompanhar as actividades das sociedades, de que são accionistas, porque as suas posições modestas não o justificam ou porque, simplesmente, os estatutos lhe vedam esse acompanhamento. Os nacionais e os estrangeiros. Da nossa e de todas as outras.

Investimentos? Não existem.

Melhoria das condições de empregabilidade? Também não.

Dividendos? Miseráveis, quando são distribuídos.

Recorrente financiamento através da emissão de mais acções.

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